quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Exupenhauer

Eu já disse que queria entender filosofia, mas como boa iniciante eu estou agora com as fofocas de filósofos. E não me digam que são inúteis... sabendo da vida do cara nós entendemos muito da filosofia deles. Se falou que homem não precisa de mulher, foi rejeitado por alguma. Se achava que o resto do mundo era inferior, pode apostar que foi humilhado por alguém. Então dá até pra perdoar esses deslizes e aproveitar o melhor deles, não?


Schopenhauer era um desses infelizes. Célebre pelo seu pessimismo, é um dos favoritos da turminha mamãe-sou-depressivo e sua leitura é mais fácil do que um Kant, por exemplo. Por isso faz um sucesso danado e todo mundo mente, ou melhor, diz que já o leu, mesmo que escrevam Shopenhauer (ai, não resisti!). Pra começar, quem pode ser feliz com uma cara dessas?



Schopenhauer te despreza!

Mais pavorosa do que a cara dele, porém, são as pragas dele. Vocês verão que praga de Schopenhaer pegava que era uma tristeza. Também... imagine uma carinha dessas te olhando com ódio e dizendo: "Morra!!". Eu morria só pra não ver isso de novo. Em compensação, sofreu tanto que até hoje zoam com o nome dele. Façam uma pesquisa no orkut: o que tem de comunidade tipo "Um schops e dois pastel" e "Barriguinha de Schopenhauer" não é brincadeira.

Schops nasceu em Dantzig em 1788, um ano antes da Revolução Francesa. Ou seja, quando ele era jovem Napoleão já tinha devastado a Europa e esta estava no maior caos da História desde a Peste. Ou seja, querendo ou não o mundo de Schops era uma merda.

Quando o pai morreu, a mãe dele resolveu virar piriguete. Ela era uma escritora famosa, e disputava com o filho em inteligência. Dizia mesmo que ele era insuportável e incômodo, e chegou a empurrá-lo escada abaixo. Então ele lançou a primeira praga que pegou: disse que ela só seria conhecida pela posteridade através dele. Alguém aí pode citar uma obra da senhora Schopenhauer? Tenham medo, crianças!

Num mundo de merda e odiado pela mãe, o jovem Schops tornou-se cada vez mais neurótico. Trancava os cachimbos, não se barbeava com um barbeiro nem a pau e dormia ao lado de pistolas carregadas. Depois vocês perguntam por quê ele não se casou?

Então ele escreveu "O mundo como Vontade e Representação", sua obra prima. Como não tinha amigo para lhe dar opiniões, ele achou que tinha resolvido todos os problemas da filosofia e pensou até em mandar gravar num anel a esfinge lançando-se no abismo (cof-cof-cof, néam, Schopinho). Mas ninguém deu a mínima pro livro dele. Ele desculpou-se dessa maneira:


"Trabalhos como este são como um espelho: se um burro olhar para ele, não se pode esperar que veja um anjo" e "quando uma cabeça e um livro se chocam, e um deles produz um som como se estivesse oco, é sempre o livro?"


Abusadinho, não?

Em 1822 foi convidado a ir para Berlim como privat-docent. E como ainda se achava o rei da cocada preta, nosso Schops escolheu dar aulas exatamente no mesmo horário das aulas de Hegel. Hello-ow, seu Schops! Você acha que os aluninhos vão largar O Fodão pra ter aula contigo, um cara feio pra cacete e malvado? Pois ele ficou revoltado, pediu demissão e falou mal do caléga pelo resto da vida. Em 1831 houve uma epidemia de cólera em Berlim e os dois deram no pé como bons filósofos ao se deparar com um problema real. Mas Hegel voltou antes e pumba!, morreu. Segunda praga. Então vocês podem dizer que Hegel morreu de Schop (trocadilho infame). Tenham pavor, crianças!


A Raquel é boa, o Schopenhauer é maaau!
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O único amigo do Schopinho era o seu poodle, Atma. Mas os zé-ruelas da cidade chamavam o cãozinho de "Jovem Schopenhauer". Infelizmente a História não se preocupa com os populares: aposto que se fizessem uma pesquisa descobriríamos que esses zé-ruelas morreram todos de gripe da rena. Tremam, crianças!

Mas como a Europa toda estava no fundo do poço, alguns acharam a filosofia do nosso amigo interessante. E finalmente ele teve alguma fama. Recortava tudo o que saia nos jornais sobre ele. O pobrezinho só queria a atenção que não recebera da mãe, Freud entende.

Em 1860 foi tomar o seu café da manhã sozinho. E como ninguém devia chegar perto dele, só perceberam que havia morrido depois de 1 hora.

***

Enfim... Schopenhauer não devia ter sido filósofo. Devia ter escrito um tratado sobre o poder da mente. Ou confessar logo de uma vez que era macumbeiro.
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Aliás, esse posto serviu mesmo é pra provar que esse negócio de filosofia é do mal, e que todo mundo que se envolve com isso acaba como NIETZSCHE: louco e enjaulado. É castigo, crianças! Quem cair na tentação de ler um livro desses deve cantar com fervor "O anjo da vitória chegou" que passa. Juro!
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Só Jesus tira o Exu DAS PEÇOA.
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