quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Não resisti...

... quando vi essa tirinha dos Malvados:



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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Candango City, a primeira remoção merréica

Pra entrar no Merré, tem que passar por Brasília. Só se você der pra alguém for muito sortudo conseguirá uma vaga logo de cara em algum escritório regional (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, etc).

Pisei em Brasília pela primeira vez em 1987, ainda com três anos. Tenho alguns flashes da cidade nessa época, mas pouca coisa, como a Esplanada dos Ministérios vista de dentro do voyage do meu pai. Eu viajava naquelas duas "bacias" ao lado do congresso: achava que a virada pra cima era uma piscina onde os políticos iam nadar depois do trabalho (Trabalho?? Político?? Piscina é o de menos), e a outra virada pra baixo era um completo desperdício que só os adultos entendem.



Então conheci melhor a cidade esse ano, quando fui para o Curso de Formação dos candidatos a ofchans. Fiquei duas semanas e deu para quebrar muitos preconceitos que tinha em relação à cidade construídos graças à língua alheia.

Só digo aqui para não dar ouvidos às opiniões sobre Brasília das seguintes pessoas:

- Velhos. Não de idade, mas que conheceram Brasília há muitos anos atrás. Afinal, a cidade tem uns 50 anos e há 20, 30 anos atrás ela ainda devia ser um pouco precária comparada às grandes cidades brasileiras. Eles dirão que a cidade não tem nada, é um deserto, é isolada e seca.

- Amigos depressivos que vivem em Brasília, mas são de outros lugares: eles culparão a cidade pela depressão deles e dirão que acontecerá o mesmo com você assim que se mudar pra lá. Que no começo tudo parece lindo, mas depois a cidade te devorará.

- Cariocas. Porque pra eles tudo o que não é Rio de Janeiro não presta. E todo mundo quer morar no Rio de Janeiro, ser carioca e ter aquele sotaque nada irritante.

- Curitibanos. Porque eles sempre ficam chocados com o mundo real quando saem de Curitiba.

- Pernambucanos. Porque eles vão olhar para o primeiro emo com a franja mal escovada em Brasília e vão logo pensar: "Isso aqui não é cidade pra criar filho homem!".

- Paulistas. Porque eles falarão maravilhas da cidade, talvez mais do que condiz com a realidade. E esse é o meu caso...

Afinal, Brasília tem shoppings, então é possível sobreviver. E tem Livraria Cultura! Ou seja: dá até pra morar lá com conforto.

Brasília não tem o trânsito que vemos por Sampa City. Amigo brasiliense, se estiver preso num engarrafamento na sua cidade com um paulista dentro do carro, evite reclamar. Porque esse será a oportunidade para o paulista rir bem alto da sua cara e contar que já nem sabe mais quantas vezes ele ficou 3 horas na Berrini e avançou somente 2 metros.

Brasília não tem transporte público decente. E com isso a gente já está acostumado. E qual a graça de se ter transporte público decente quando temos 5 carros na garagem: um para cada membro da família e um para substituir no dia do rodízio do carro principal?

Ninguém faz nada a pé em Brasília. E com tantos carros, por que paulista faria alguma coisa a pé? Estamos em casa.

Brasília é seca. E São Paulo de vez em quando chega a níveis caóticos de secura. Só que em Brasília não tem a poluição daqui, então hidratante, vaselina e lipbalm já resolve bem o problema. Sem falar que nem tem problema de enchente!

Em Brasília as pessoas são mais reservadas. E paulista odeia gente invasiva e que fique olhando pra ele na rua se está vestindo uma roupa de emo diferente. Nada mais chato do que gente que surge do nada com um "Coééé, caléééga!" com aquele sotaque citado mais acima e em 10 minutos já acha que é teu amigo de infância.

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Portanto, no Curso de Formação os paulistas ficaram encantados com Brasília e queriam se mudar no dia seguinte. Incluindo eu. Sei que lá não tem Liberdade, 25 de março e Avenida Paulista de domingo com pedestres malucos, mas passagem aérea tá tão baratinha, né... Só espero que o namorado não demore muito pra me acompanhar.

E aqui vai um vídeo indicado no fórum dos ofchans com algumas cenas de Brasília recém construída, como curiosidade:





Filme: L'Homme de Rio (1964), de Philippe de Broca


Me digam se não parece uma cidade futurista onde os humanos foram destruídos pela gripe suína! Só faltam os robôs.


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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mudei de ideia

Porque estou inconformada e tinha que encher o saco de vocês.

Pra começar, dia 28 de outubro é dia do funcionário público. E isso significa... PONTO FACULTATIVO, é claro! Mas esse feriado vai cair numa quarta-feira, então geralmente mudam para uma sexta ou segunda, para dar um feriadinho prolongado.

Se o tio Serra passasse para o dia 30 de outubro, seríamos sexta, sábado, domingo e segunda (dia de Finados) de folga. Mas como o tio é maligno e deve ter pensado que esse puta bando de pobre não precisa de feriadão em fim de mês (só recebemos no quinto dia útil) porque não vai ter grana pra viajar, mesmo. Então ele passou o feriado para o dia 26 de outubro, próxima segunda. Teremos então dois fins de semana consecultivos seguidos de feriados.

Vocês devem estar pensando: "Deixa de ser folgada, porra! Tá reclamando de quê? Um feriado já não é melhor do que nenhum?" É claro que é. Por mim podia ser até na quarta, mesmo. Não vou viajar (sou pobre).

Mas nosso digníssimo governador, não satisfeito com isso, decidiu que os gabinetes das secretarias estaduais e os coordenadores NÃO TERÃO FERIADO. E onde a caléga aqui trabalha, amigos? No gabinete do Secretário, é claro. Ou seja... a amiga aqui vai acordar na segunda bem cedinho e vai colocar a carcaça branca pra trabalhar. Ou melhor, pra ficar na net o dia inteiro porque não vai ter porra nenhuma de trabalho (mesmo porque ninguém estará muito a fim).

 Portanto, calégas federais, pensem muito bem no seu feriadinho em 2011 quando votarem no ano que vem para presidente. Vota no PSDB quem quiser, mas se Serra for candidato... arrisquem. Eu já sei há muito tempo que esse Zé Vampir não é de Deus, e provo com esse flagra:



Chega perto dele com bafo de alho pra ver o que acontece!
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Hoje não.

Tô sem humor, gente. Perdão.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Só me f*&%$#, Brasil!

Papai me liga de New York e diz que está escolhendo um notebook pra me mandar. Dou pulinhos de alegria, porque um notebook caindo do céu, assim...
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Mas alegria de pobre atrai o olho gordo de outro pobre.
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Cinco minutos depois ele diz que não comprou um notebook, mas um aparelho de DVD!
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Porque até agora ele me mandava uns DVD's de cidadão de bem com lasers: "A Paixão de Cristo", Ray Conif, música celta, Barbra Streisand e uma coleção sobre as grandes guerras da História.
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[A minha infância inteira fui assombrada por Ray Conif. Meu pai sempre ameaçava, quando passava a propaganda de algum show dele no SBT: "Vamos no show dele?? Deve ser muito bom!". Engraçado que ele só devia fazer show no Brasil, porque tinha tipo... todo mês? Até que Ray morreu e eu pensei que meus problemas tivessem acabado.]
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Ele sempre cobrava a minha opinião sobre os DVD's, e até agora a minha desculpa para não assistir: "Ah, a área aqui é outra, esses DVD's não funcionam aqui, pai."



Mas eu sou deveras divertido, moçoila!


Alguém pode me mandar as resenhas de alguns dos DVD's para dar um feedback disfarçado, por favor?


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Vou vender meu fígado!!!...

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... pra casar de Louboutin!

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Um dia, quem sabe...
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Foto roubada do casamento da Mariah, desse blog aqui.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Curtinhas

Ontem assisti uma aula da licenciatura na faculdade de Educação da USP pra acompanhar no namorado. Há dois anos não assistia uma aula na USP. Ele queria ficar só até a lista de chamada ser passada e então nos mandaríamos.
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Foram 3 horas perdidas da minha vida.
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A professora passa aos alunos um jornal com uma matéria sobre o Enem. Mas todo mundo lia com horror a página de trás: "Briga de casal gay termina em morte".
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Uma tal de Ofélia (Ophélia? talvez... mulher chata) falou em alunos "intercinéticos". WTF???
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Quase 23:00 hrs, a professora anuncia que não passaria a lista de chamada naquela noite.
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O subdesenvolvimento é uma doença incurável!



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Preciso comentar?

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O subdesenvolvimento é uma doença incurável!

A fim de provar a tese de um grande sábio orkutiano, Sir James*, vou mostrar aqui algumas das nossas vergonhas nacionais.


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Bom dia!
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*Comunidade "Coisas da Diplomacia"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Feliz Dia das Crianças!

Pareço mais nova do que realmente sou. Costumam achar que tenho uns 20 anos (tenho 25) porque ainda tenho cara redonda de criança e sou baixinha (não conto pra não rirem). Além disso tenho sardas e sempre uso uns vestidinhos lady-like que numa mulher de verdade pareceriam elegantes. Em mim às vezes parecem vestidos de criança.

E um desses vestidos sempre evitei pra sair com o meu namorado. Mas domingo estava calor, arrisquei.

E meu namorado é 4 anos e meio mais velho do que eu. Nada demais. Mas ele começou a ter cabelos brancos ainda na adolescência, e hoje já é um jovem grisalho (muito charmoso, por sinal, mas tirem o olho gordo). Quem bate o olho e vê só o cabelo, acha que ele é mais velho do que realmente é.

Pois juntem esses elementos: vestido um-beijo-pro-meu-pai-pra-minha-mãe-e-pra-você + cabelos grisalhos. É claro que enfureceu uma senhora que passeava pela Paulista. Ela nos olhou e depois comentou em voz alta:

- Mas isso não pode! Isso é pedofilia!
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Tá, eu sei que no dia das crianças tá todo mundo colocando foto da infância no Twitter, revendo Lua de Cristal e fazendo beicinho pra mãe porque não ganha mais presente. Mas a galera também resolveu entrar no clima pra comentários maldosos.
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[Isso me lembra o ataque surpresa da ex dele, que veio com um “Tá com ele desde quando, MENININHA?”. E eu não sei até hoje se não respondi pra não provocar ou se estava embasbacada com a sandália dela, uma coisa de deixar Creuza morrendo de inveja. "Menininha" é a bootaquebareeo (#Alladin, já que a onda é xingar com referências infantis)]
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Alguém tem alguma receita mais digna para envelhecer do que o batom vermelho e as botas da Augusta?

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Remoção para Paris?

Pois fiquem com ela.

Eu quero é o Mali.




Bom feriado!!
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bobagem du jour

Meu ônibus passa em frente ao IV COMAR (Comando Aéreo Regional) onde fica o prédio do Batalhão de Infantaria, no Cambuci. E por isso antes da catraca sempre tem um jovenzinho ainda nos cueiros vestindo um uniforme azulzinho e carregando a sua malinha com aquela cara de “vovó tem orgulho de mim”.

Mas desta vez um deles abriu mão da fantasia de Smurf e sentou-se ao meu lado. E vocês sabem que os homens hoje em dia querem ser sustentados por mulher e não carregam uma caixa de leite, mas quando vêem algum milico já vão puxando logo um assunto bem macho (armas, sobrevivência na selva, guerra, Comandos em Ação...). Foi o que aconteceu com um homem do ônibus que viu a malinha com o brasão no colo do rapaz e não o deixou mais em paz.

Eu nem teria prestado atenção na conversa se o nosso Smurf não tivesse um sotaque de mano da periferia de São Paulo que me irrita profundamente. Então não pude nem ler porque meu ouvido doía a cada comaRRR, saRRRgento, majoRRR e foRRRça aéRea que ele pronunciava. Pelo menos não chegou no brigadeiro-do-aRRR.

[Brigadeiro-do-ar deve ser a pior carreira para o seu pai ter. O que você vai dizer quando te perguntarem na escola o que o teu pai faz? Serão anos de terapia até esquecer as piadinhas infames do tipo “e sua mãe, é um cajuzinho-do-mar?”]

Acabei cochilando um pouco e esqueci os dois. Mas quando acordei peguei o fim da conversa.

- E você, vai lá pra fora?

- Pra Honduras? – pergunta o Smurf, que a essa altura pensa que já declaramos guerra.

- Não... pro Haiti.

- Ah, vou sim. Eles tRocam de pessoal de seis em seis meses.

- E vocês matam gente lá?

- A gente tem que mataRRR sim... tRaficante, teRRRRoRista...

[Ok, prometo não discutir aqui a definição de “terrorista”, mas que dá vontade, dá...]

Mas o outro homem era um cidadão de bem e preocupou-se com o rapaz. Deu um suspiro e disse antes do Smurf descer:

- Olha lá rapaz... pensa muito bem antes de matar alguém!

Quem pensa antes de matar é assassino que planeja o assassinato, não? Como assim, Bial? Tu tá lá no meio da guerra, neguinho avança e você pede um tempinho antes de matar o cara?
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[Certo, às vezes tem que pensar, mesmo. Porque vez ou outra surge um John Mirolha* que bombardeia hospitais "sem querer"]
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Uma vez um senhorzinho, antigo pracinha que foi pra Itália durante a Segunda Guerra, foi fazer uma palestra na minha escola. Perguntaram se ele tinha matado alguém. E qual foi a resposta dele?

- Matei um homem. E esse relógio que eu to usando é dele.

E ainda arrematou um capacete com a suástica pra mostrar pros netos.
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Ótima palestra pra crianças... ainda teve a parte em que ele disse que se embebedou e entrou pelado num lago no inverno italiano. E as professoras da escola Adventista não sabiam o que fazer.
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*John Mirolha é um personagem do Casseta & Planeta que era um aviador da OTAN cegueta que nunca acertava o alvo. Mais informações aqui.
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Preciso!


Quem eu tenho que matar pra ter esse vestido Chanel, por favor?
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Enquete

O quê devo dizer ao meu caléga-mor depois que pedir exoneração?





a) Muito obrigada pelo período de aprendizado. Tenho certeza de que essa experiência me ajudará muito nessa nova etapa da minha vida.

b) A gente se vê por aí... se algum dia você tiver capacidade pra passar em algum concurso em Brasília. Mas até lá eu já estarei em Paris.

c) A gente se vê por aí... se você der a bunda pra algum deputado e ganhar um cargo em comissão em Brasília.

d) Morra de inveja, seu %**$*&##! Enfia essa Secretaria no *%#$@&*! A essa altura, já deve caber.

e) Agora eu vou no Departamento de Recursos Humanos contar que você chega meio-dia todo dia e coloca outra pessoa pra fazer teu trabalho e que fica o dia inteiro no telefone com os teus casinhos, posso?

f) Esse teu cabelo chanel alisado com enê maru te deixa com cara de bicha pobre cafona.

g) Tchau. Mandarei postais.





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Isso dá uma idéia do meu dia hoje?



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ps: estreando nova tag: Geni du jour

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Moda caléga

Regra do funcionalismo público: a moda congela no ano em que você toma posse.

E como um dos últimos concursos daqui foi na década de 90, imaginem vocês o que presencio todos os dias. Agora mesmo, por exemplo: tailleur anos-90-te-chamam azul celeste, meias finas cor da pele 2 tons acima e sapatos brancos de bico fino. Nos cabelos, uma singela piranha verde limão.

[Nada contra bico fino, mas não fazem o meu tipo. Muito "uniforme da empresa de purificadores de água na Paulista" pro meu gosto. Principalmente aqueles tão finos que as pontas até ficam meio amassadas. Se tiver um zíper pra enfeitar, então... passem longe de mim!]

Aqui vai uma lista das sooper tendências daqui e umas fotos pra você se inspirar. Quem quer ser caléga já vai dando um up no guarda-roupa:


- Calça jeans com bordados e apertada pra burro, blusinhas bem soltas que deixam os ombros à mostra ou bem decotadas, cabelos minha-chapinha-não-funciona-mas-eu-tento, brincões de argolas e sandália com salto plataforma de cortiça. Variação: estampas de oncinha e botas super poderosas. Muitas puseiras e anéis. Sonham com um namorado que as leve para passear no Vectra deles. Ou as leve para morar num bairro mais chique, porque moram looonge. E ai deles se não devolverem o chip delas!

Salto pra quê, se toda hora a gente tem que descer dele? Plataforma é tudo!




Essa já conseguiu o marido e agora se diverte no shopping. Exemplo de perseverança.





- Calça jeans, jaqueta quero-ser-michelin e tênis de corrida: inspirada na moda das ruas (street fashion bombando). Às vezes uma bota pata-de-bode (coisinha chique, não?). Cabelos: presos com um bico-de-pato ou emplastados de Kolene. Independe de idade, infelizmente (mas não recomendo se tiver mais de 22 anos). As mina na fita...



Melhor ainda se a plataforma for vazada com um desenho de flor


Quanto mais michelin a jaqueta, melhor. Bombou em NY em 2004.


- Calça social apertada que nos permite adivinhar a marca e o lote da calcinha e contar furinhos de celulite. Camisa branca feminina com um decote que parece dizer "chefinho, dá um cargo em comissão pra eu?". Óculos escuros bafônicos segurando os cabelos e bronzeamento artificial sempre em dia. Sandálias ou sapatos de bico fino de salto o ano inteiro. Geralmente solteiras depois dos 30 anos. Gostam de passar uma imagem profissional (só erram nos tamanhos das roupas). Sonho: ser amante do chefe.



Vocês ainda não viram a parte de trás...



- Blusas em linha com miçangas bordadas nas golas. Quanto mais exagerado o bordado, mais as velhinhas piram de amores. Algumas sacoleiras vendem aqui dentro mesmo, ou são compradas na "loja dos crentes" na General Carneiro. No verão, são substituídas por batas. Acompanham calças bem comportadas ou saias jeans com detalhes. Geralmente são mães e avós.



Essa tá pobrinha, mas também tá linda




Geeente, que blusa linda é essa?






Quero todas as saias já! A assimétrica da direita é tendência!



- Ombreiras. E nem são peças Balmain. Acompanhadas de botões dourados. Dos grandes. Cores favoritas: pink, roxo, magenta, vermelho aberto. Estilo vintage dos pés à cabeça (se os anos 80 e 90 foram vintage).



Saudade dos meus 20 aninhos!



Ainda uma referência. Deusa!




Ainda tenho muito a aprender com eles, mas estou me esforçando.




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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vade retro...

Tia Zu com sua delicadeza e classe de sempre:

- Você continua arquivando os despachos nas pastas erradas!!!

E eu espantada? Poxa, estou prestando tanta atenção!

- Sério?

- É claro!! Se eu não estou achando o despacho que estou procurando, é porque você deve ter arquivado errado de novo!

Ahvaiprapootaquepariufiladumaéguatomaumavoadoradelouboutin...

-Ah, tá bom.

Dei as costas e continuei escrevendo meu e-mail.

Dios! Me desculpei, estou prestando mais atenção, prometi o harakiri. Quer que faça mais o quê?? Me juntar a outros pecadores e empesteados numa peregrinação à Terra Santa pra me redimir?








O despacho foi encontrado em outra sala, e não foi arquivado errado. Mas a essa altura já estava longe com o peregrino Zenone e ela não pode me pedir desculpas, coitada.


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Ritmo... é ritmo de festa!

"Uma missão diplomática formada por deputados brasileiros chegou nesta quarta-feira à noite à capital hondurenha, Tegucigalpa, para uma missão com menos de 48 horas e que não visa oferecer qualquer espécie de intermediação no conflito que vive Honduras.

A agenda da comitiva liderada por Raul Jungmann (PPS-PE) prevê para esta quinta encontros com representantes da Suprema Corte do país, da Comissão Nacional de Direitos Humanos, integrantes da comunidade brasileira, um almoço com o presidente do Congresso de Honduras e uma visita à Embaixada brasileira, na qual se encontra abrigado o líder deposto de Honduras, Manuel Zelaya." [fonte]


Galera ficou curiosa pra ver o tio Zé de perto, não tinha muito o que fazer e se mandou pra Honduras! Eba!

Com o dinheiro de quem?

Afinal, essa turma vai resolver o quê, se até os diplôs estão de cabelo em pé por não saberem o que fazer?

Assim é legal... viajar sem resolver pepinos - e justamente para os lugares mais in do planeta - e tirar umas fotos com o político deposto do momento. Melhor do que amargar dois anos matando moscas em Uagadugu.



Mamãe, não quero mais ser diplô. Quero ser deputada!


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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ainda os pré-calégas, causando no Merré

Sou a mais baixinha, à direita (não riam)
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os pré-calégas

Quando decidimos fazer um concurso, é importante conhecer outras pessoas interessadas no mesmo. Não para descobrir seus endereços e eliminar os concorrentes um por um... mas para que um possa ajudar o outro. Se engana quem pensa que não se deve passar informações relevantes e dicas. O que ganhamos em troca vale muito mais, e não é simplesmente mais um monte de amiguinhos.

Então corra para o Orkut ou para fóruns que discutem concursos, como o do PCI Concursos ou o do CorreioWeb. Você encontrará pessoas na mesma situação que você e com as quais poderá afogar suas mágoas de concurseiro, receberá um monte de dicas de materiais e eventualmente se irritará com uma ou outra alma sebosa (#Lu) dizendo que “esse concurso é faaaake, geeente”.

Depois de conhecer pessoas legais, mantenha o contato: troque e-mail, MSN, Orkut, Facebook. E um pouco antes do concurso, fique só com essas pessoas e abandone os fóruns: começam a pipocar neles os desesperados (“Não agüento mais estudar Contabilidade, meu Deeeus!”), os paraquedistas (“Gente, alguém pode me dizer o quê vai cair?”), os pessimistas (“esse concurso é pra arrecadar dinheiro, nem vale a pena fazer a prova”), os super-homens (“acertei 98% dos últimos simulados... quem fizer menos do que isso já está fora”) e outros tantos espíritos sem luz.

Vou dar o exemplo do último concurso para ofchan: muita gente se conheceu no fórum do CorreioWeb, e alguns ofchans deram várias dicas sobre a carreira que encheram nossos olhos.

Então alguns candidatos mantiveram contato através de um grupo do Yahoo, onde arquivávamos materiais de apoio, dicas de motivação e discutíamos a matéria. Outro grupo específico para corrigir redações foi criado, mas não foi muito longe porque todo mundo ficava com vergonha de postar suas tentativas.

Os encostos começaram a aparecer nos fóruns e foi criado um “fórum secreto” não tão secreto assim para aqueles que teriam suas redações corrigidas. Depois sobraram os 300 que iriam para o Curso de Formação, que passaram a participar mais do fórum. Até aí, todo mundo já era “amigo de infância” e passava o dia inteiro escrevendo para distrair um pouco a ansiedade.

Conheci muita gente, arranjei roomates para dividir o hotel em Brasília e até carona. Marcamos num restaurante para que todos se conhecessem pessoalmente e essas 50 ou 60 pessoas se deram muito bem. Saímos quase todos os dias do CF e fizemos uma farra danada. E a amizade continua entre aqueles que já estão em Brasília e os que ainda vão aportar por lá. E um ajuda o outro, o que é importantíssimo depois da posse. A fraternidade caléga é pra vida toda, gente!

Não posso deixar de citar os amigos que fiz que não passaram no concurso, e são muitos. Quero ver todos no MRE daqui uns anos, hein!
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PS: Sábado encontrei minha vizinha de classificação de concurso na Paulista. É batata... sempre que vou lá encontro um conhecido. São Paulo é uma roça!
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Tá dominado!


É impressão minha ou ele já enfileirou os chapéis ali atrás?


Quer café, suquinho ou chá?


Olha só o que nos espera, calégas ofchans...


Es nosotros en la película*

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*Para os chatos, já aviso que o erro é proposital.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Resoluções de culto evangélico

A pessoa vai num culto em uma igreja, se emociona com o sermão. Chora, se arrepende e promete a si mesma que não vai mais mentir, que não vai mais olhar pra mulher do vizinho, que vai ler a Bíblia todo dia e vai sair da maconha.
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Então sai da igreja e quase quebra o pescoço pra olhar pra saia curta da loira que passa na rua.
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Pois eu faço coisa parecida todo dia... em vez de ter resoluções só no ano novo e aniversários, preciso tomar decisõezinhas na minha vida pra deixar de ser menos neurótica o tempo todo.
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Resoluções du jour:
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Em vez de remoer problemas, procurar uma solução. Geralmente é mais simples do que se pensa.
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Não perder neurônios com quem não merece. De que adianta pensar nessas pessoas se a força do seu pensamento não as fará explodir?
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Não é pra ficar tentando ser melhor, fazer mais caridade e menos fofoca. Mas tentar não ligar pra picuinhas. De que adianda beijar mendigo e ficar pensando que aquela caléga de trabalho deve estar tendo um caso com o chefe?
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Não imaginar situações que talvez (TALVEZ!), num presente ou futuro ou passado existam ou tenham existido e sofrer horrores imaginando todos os detalhes da cena.
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Ignorar que existe uma anta vigiando a tela do meu computador agora. Afinal, ele deve estar no Orkut.
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Não ficar puta da vida se Lu desmarcar o encontro de hoje.
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Não gastar dinheiros a mais na 25 de março na hora do almoço (só se fôr o Top Coat Matt Plus da Big Universo... rapazes, procurem no google).
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Não tentar explodir mentalmente a cabeça dessa mulher que teve um piti no meio do sexto andar só porque arquivei papéis na pasta errada. Pedi desculpas, mas queria mais o quê? Um harakiri no saguão do prédio?
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Lembrar que amanhã é sexta-feira e que a tortura irá acabar às 17:00 hrs.
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ofchan wannabe: motivação

Só quem estuda para concursos sabe como é difícil manter o ritmo dos estudos. No começo estamos no maior pique, compramos todo o material que as nossas posses permitem e quando temos tudo preparado, desistimos na primeira página de Contabilidade ou Direito Administrativo. É preciso preparo não apenas para estudar bagarai, mas pra estudar bagarai e manter isso por um longo tempo.
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Então você quer ser concurseiro. A primeira coisa a fazer é correr pra banca e comprar uma apostila SouLixão, certo? Errado! O caminho é mais longo, caléga...
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Às vezes o problema nem está na sua força de vontade, mas na forma como você estuda. O que funciona para alguns pode não funcionar para outros. Tem gente que estuda só lendo, outros fichando, outros fazendo muitos exercícios. O tempo e ritmo intensivo de estudos dirão qual é o seu estilo de estudos. Depois que você descobrir como assimila melhor a matéria, será só uma questão de organização. Então, a primeira dica para manter a motivação é: Descubra qual é a melhor forma para você estudar.
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Depois faça uma pesquisa com o material que irá usar, e vá atrás daquilo que combina com o seu estilo de estudo. É por isso que eu gosto de fazer muita pesquisa pela net e pegar material por aqui mesmo. Assim dá pra experimentar várias coisas sem colocar a mão no meu bolso. Gostei muito do material do Ponto dos Concursos. Se procurar bem tem coisas deles no 4shared amigo, mas algumas desatualizadas. Se estiver estudando sozinho ou em algum lugar que não tem cursinho, acho que vale o investimento.
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No último concurso de ofchan gastei 100 realezas na apostila da Vestcon e quase chorei de tanto ódio no meu coração ao perceber que aquilo era uma porcaria, ao menos pra mim. A apostila está novinha, mas parece que teve gente que estudou por ela e gostou. Comprei livros com questões de prova da FCC comentadas e amei. Gastei mais, mas foram realezas bem investidas. Não gosto de apostilas, dessas que vendem no centro da cidade (Solução, Opção, etc.). Acho precárias, mal feitas, mal explicadas.
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Use o Youtube para assistir algumas aulas de cursinhos online. Há muita coisa sobre Direito Administrativo que eu só entendi assistindo. Não tenho vídeos para recomendar, então o negócio é fuçar mesmo. Recomendo procurar algo sobre a Lei 8.666, que é um troço chato pra cacete pra ler. Na boa, não é à toa que termina com esses três dígitos. Parece coisa do Satangos e cheira a enxofre. Depois da segunda página se sentirá desanimado, depressivo, pobre de espírito e em casos extremos com o coração cheio de ira. Mas eu sou team Jaspion.
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Tem gente que ainda prefere fazer cursinho. Acho válido, mas não lembre-se de que ele não o fará passar por si só. É uma ajuda, um atalho. Vá lá para pegar dicas, tirar dúvidas com o professor e usar o material, mas tem que estudar sozinho também. Portanto, resumindo a segunda dica: Atenção ao material!
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Quando souber como otimizar os seus estudos, vai economizar muito o seu tempo. E quando começar a ficar cansado, dê uma pausa, vá tomar um sorvetinho ou checar seus scraps no orkut por uma meia horinha e volte. Não adianta ficar duas horas em cima dos livros se você não consegue se concentrar. É tempo perdido.
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[Uma dica que me valeu muito: em vez de determinar que passará das 20:00 às 22:00 hrs estudando, estude o que puder e conte o tempo. Se começou às 20:15 e parou às 21:00 pra ir ao banheiro, anote. Se voltar às 21:10 (sabe-se lá quanto tempo demora no banheiro, ou se deu um pulo à geladeira), anote e depois a hora em que fizer nova pausa. Depois contabilize o tempo realmente usado nos estudos. Se tiver que interromper e não conseguir completar as duas horas, compense no dia seguinte nas horas vagas, até mesmo nos intervalos do trabalho. Assim terá noção real do tempo em que estuda e pode ser mais flexível com o seu tempo]
Resumindo a terceira dica: Não estude direto até a exaustão.
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E a última dica de hoje é nunca perder o foco. Quando estiver desanimado e pensar se aquilo tudo realmente vale a pena, relembre os motivos que o fizeram entrar nessa vida concurseira. Melhor: anote tudo e coloque num lugar de destaque. Se puder ilustrar com fotos, melhor ainda. Podem ser os motivos mais bobos, como:
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1) comprar um carro legal (#paulista concurseiro);
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2) ir pra cidade onde mora o seu namorado ou namorada;
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3) sair do emprego atual e mandar seu chefe à merda;
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4) morar na Tailândia e receber um salário por isso;
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5) dividir pizza fria com o Zelaya na embaixada em Tegucigalpa pra contar o bapho pros netos depois.
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Enfim, os motivos são muito pessoais, mas a gente esquece fácil quando está tentando entender Contabilidade. E quando você desistir terá jogado fora todas aquelas horas que perdeu estudando e o dinheiro gasto... por desânimo bobo.
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Por fim, acho que os livros do William Douglas valem a pena, embora eu nunca tenha lido (parece livro de auto-ajuda, eu sei... se tiver vergonha compre pela net que ninguém te vê). Eu li resumos desses livros que me ajudaram a organizar os estudos. Essas dicas me serviram de atalho, e jamais teria pensado neles sozinha (ou demoraria anos para me tocar de coisas óbvias).
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Bons estudos!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fim de mundo, caléga?

Fim do ano estou indo ao Nordeste pela primeira vez para conhecer meus sogros. Primeira vez porque devo ser menos do que classe média e nunca paguei um pacote da CVC. É que na boa... buggy, trio elétrico e skibunda não são coisas que me atraem muito. Deixemos o Axé enterrado nos anos 90.

[aliás, até hoje tem um CD "Axé Bahia" lá em casa com duas bundas na capa usando shortinho de Carla Peres. Alguém levou ao aniversário de 12 anos do meu irmão há trocentos anos atrás e esqueceu. Aposto que o dono esquecido não foi atrás com medo de ser identificado com tamanho mau gosto.]

Então a caléga vem aqui na minha mesa jogar conversa fora. É a única caléga para quem eu conto as coisas, porque ela não é invejosa e não passa pra frente porque acha que todo mundo vai usar isso contra ela um dia (paranóia é pouco). Então ela pergunta:

- E o que você vai levar de presente pra sogra, hein?

[Ela se empolga com a minha vida. A dela é muito chata.]

- Ah, estou pensando em levar um jogo de cama bordado.

Porque eu fiz um curso de patchwork e aprendi um bocado de coisas. Bordo, faço tricô, crochê, assovio e chupo cana. E eu sempre faço apliques de tecidos recortados em formato de flores e outras coisas fofas e mamãe faz o caseado em volta. Fica um chuchuzinho de fofo. Todo mundo gosta de ganhar de presente, e patchwork é um troço caro pra caramba por aí. Será que um jogo de cama 300 fios não é um presente bom?

Mas caléga fez careta:

- Ah, não! Isso tem de monte lá no Nordeste! Todo mundo lá faz bordado, faz renda... Leva uma coisa que não tem lá!

[Detalhe: caléga tem uma lista de justificativas para falar mal dos nordestinos. Ou melhor, "essa gente nortista", segundo ela. ]

Ok... coisa que não tem lá? Vamos ver... no Nordeste tem: comidas típicas e folgedos (livro de Estudos Sociais mode on), renda, latifundiários e seus filhos libidinosos, a família do Sarney e do ACM, fogão a lenha, casinhas caindo aos pedaços, chapéu de couro, fitinha do Nosso Senhor do Bonfim, devotos do padim padi Ciçu, mandacarus, gente falando mole, mamulengos, redes, pescadores, macumbeiros, cachorros com nome de Baleia, repentistas pé-no-saco, forró, terra rachada de secura, cabeçudos e pobreza, muita pobreza.

Certo?

Então vou levar uma coisa que não tem lá. Que tal... um liquidificador??? Xi... será que tem tomada pra ligar? Será que vão saber o que é patchwork?

Poxa vida... em Recife tem Livraria Cultura, e pra mim isso já é sinal de civilização avançada. Inclusive tô com uma lista de coisas para comprar em lojas de lá que não têm nada igual em Sampa City (e não são lojas de bibelôs e outros porta-pós-na-estante locais). Tem shoppings bapho, tem internet (ohh, pasmem!), tem moda e até similares da Daslu (oi, Dona Santa?). Lá também tem gente rica e tem até classe média que paga pacotes da CVC pra Serra Gaúcha ou pra Buenos Aires! Ou seja... tem tudo o que tem aqui, só que eles não falam com o nariz entupido como nós paulistââânos, meu.

Só não têm 25 de março. Morram de inveja.

Fim de mundo é Itajuba-SC, que há dez anos só tinha uma sorveteria e uma coisa que eles chamavam de shopping que era um galpão com stands de bijuterias e roupinhas de praia vagabundas que abria às 16:00 hrs (sim, QUATRO DA TARDE!). E hoje em dia tem uns 3 barzinhos no centrinho, graças a Deus.

[E nos anos 90, loiras locais dançando axé na varanda de casa].

Já sei! Vou levar um pen drive de 64 gigas do marreteiro do centro por 20 reais pra sogrinha. Aposto que isso não tem lá.

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Ofchans wannabe

Algumas pessoas perguntaram nas comunidades do orkut de Oficiais de Chancelaria e até mesmo diretamente a mim sobre o concurso. Tem gente que já está pensando no próximo concurso, que deve sair daqui alguns anos (2011, talvez?). Afinal, tivemos concursos para oficiais de chancelaria em 2004 (organizado pela ESAF) , em 2006 (organizado pelo CESPE) e em fevereiro de 2009 (organizado pela FCC). E o MRE está precisando de muitos ofchans ainda.

O último concurso foi o maior, para 150 vagas. Mas eles deve chamar todos os que fizeram o Curso de Formação em Brasília em maio/junho (umas 290 pessoas) até o fim do prazo de validade do concurso.

O certo seria perguntar aos primeiros lugares como passar nesse concurso, e não a mim, que por enquanto estou em 207 (vai-e-vem de classificações: fui de 229 pra 238, depois voltei pra 219 e agora 207, entre recursos e desistências). Mas eu sou folgada e vou falar assim mesmo.

Pra começar, não adianta estudar todas as matérias do último concurso. Porque o próximo pode ter outra organizadora. Talves você passe o próximo ano estudando Contabilidade como louco e quando o edital sair eles pedirão... Raciocínio Lógico. Ou fazer como eu, que estudei Direito Constitucional por um ano e quase decorei a última prova para ofchan, e no fim não usei nada disso.

O melhor é estudar só o que é garantido cair. Ou seja: PORTUGUÊS e INGLÊS. Pode ter certeza de que nunca deixarão de pedir essas duas línguas (talvez daqui uns 30 anos peçam português e chinês, mas espero que ninguém aqui ainda esteja tentando nessa época). É chato ficar só nisso, eu sei. Mas são essas matérias que poderão garantir a sua aprovação. O resto deixe pra estudar quando o edital sair.

Em português, fique craque na interpretação de textos. Foi justamente a prova de português que quebrou as pernas de todo mundo no último concurso. A FCC fez o favor de colocar textos de alguns filósofos como Hannah Arendt, Ginsburg e sei-lá-mais-quem (acho que Adorno) para interpretação. Muita gente ficou umas duas horas só nessa matéria e não conseguiu fazer o resto.

Cada organizadora tem um estilo de questões, então eu recomendo comprar aqueles livros do tipo "Questões de Português (ou inglês) FCC (ou CESPE)". Mas SOMENTE DEPOIS QUE O EDITAL SAIR. Porque todo mundo pode estar esperando uma organizadora e vir outra, e seu investimento nesses livros será jogado fora.

[Aliás, se alguém quiser um livro de português, um de inglês e um de direito administrativo da FCC.... hehehe. Vendo baratinho, brimo]

Também recomendo a prática de redação nas duas línguas. Tivemos redações em inglês e português em todos os concursos, também. E não é só escrever bonito, hein! É entender a estrutura de uma redação. Às vezes ela nem precisa ser interessante... precisa ser bem estruturada, sem erros de português e dentro do limite de linhas (geralmente entre 20 e 30 linhas). Corra atrás de manuais de redação e peça para um amigo bom nisso corrigir pra você sempre.

Para ter um bom vocabulário em inglês, nada de seriados da Sony. Vá ler Newsweek e The Economist, que estão aí de graça pra gente na net. Faça uma lista de vocabulários específicos para determinados assuntos (por exemplo: aquecimento global, eleições, terrorismo...). Guarde palavras mais difíceis para impressionar os corretores. E revise sempre livros de exercícios do tipo Advanced Grammar in Use para não errar na construção das frases. Também há livros que ajudam a construir textos em inglês. Mas para os candidatos mais humildes como eu recomendo o Manual de Inglês da FUNAG, disponível para download aqui. Não adianta só ler muito em inglês. Escreva sempre, nem que sejam opiniões sobre o assunto que acabou de ler. Na hora de escrever é que verá justamente o que precisa fixar melhor, as suas dúvidas reais...

Quer fazer exercícios sem comprar livros? Sijogue no 4shared, amiga! Vai achar exercícios de todas as bancas que quiser.

Aqui há bastante trabalha para os próximos meses. Depois falarei dos pré-calégas concurseiros, que podem ser uma mão na roda ou um encosto.

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Tuíter loko

Que chato... as atualizações do twitter ficaram malucas aqui... um monte de coisas que não escrevi. Então tirei. Depois coloco de novo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Voadora luxo nas mocréias!

Se você não desce do salto nem pra armar um barraco pra cima daquela mocréia que fica no pé do teu bofe, seus problemas acabaram!!!

Olha só que luxo esse Louboutin de salto finíssimo! Imagine o estrago que ele vai fazer na cara da piriguete!


Só uns 11.000 reaizinhos no Shoping Iguatemi




O detalhe da sola vermelho-sangue. Uy, que crueldádji!
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Pra ficar belezuca

Penteadeira, toucador, vanish em inglês (achei curioso)... Os quartos em São Paulo são cada vez mais minúsculos e fica difícil ter cama, guarda-roupa decente e mais uma penteadeira. Mas... ai, que sonho!

Mamãe tinha uma penteadeira linda, com um espelho que cobria quase toda a parede. Duvido que consiga ter uma numa kitnet em Candango City, mas não custa sonhar, né?












Penteadeira DA diplomata: maquiagem Dior e Lancôme, creminhos Kiehl's, esmalte Chanel, anti-rugas La Prairie...
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Penteadeira DA ofchan antes da remoção para New York: maquiagem Vult, creme Monange, esmalte Colorama, anti-rugas Avon... (depois da remoção dá pra comprar MAC, né?)
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Penteadeira DO diplomata: maquiagem Dior e Lancôme, creminhos Kiehl's, esmalte Chanel, anti-rugas La Prairie e um ofchan bem bofe escândalo abanando com um leque de plumas de aves raras de Madagascar...


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Lei da Mordaça ainda existe?

Porque talvez eu esteja infrinjindo a lei. Eu ia responder um comentário com outro comentário, mas preferi transformar em post.


Pra começar, minha implicância com o Serra é pessoal. Já o vi aqui na Secretaria e POUTZ, ele é feio, gente! Branquelo, corcunda... um Nosferatu com mais cabelinhos na cabeça.


[Na verdade eu não tenho simpatia por político nenhum, por partido nenhum]


Minha família é cheia de funcionários públicos. Tios avós, tios, minha mãe e eu. Todos concursados, diga-se de passagem. Então posso falar do que acontece aqui onde trabalho e sobre o trabalho da minha mãe e tios, embora mamãe e titias sejam enfermeiras (minha tia trabalha no SAMU e é campeã e resgate de bêbados que não têm o que fazer).


E, ao contrário do que todo mundo pensa, funcionário público trabalha MUITO e ganha uma miséria pra isso. Tem gente aqui que corre o dia inteiro, fica além do horário quase todo dia e não ganha hora extra. Ganha um vale alimentação de 4 reais por dia, não recebe todo o valor do transporte público que usa no mês e fica 13 anos sem aumento.


"Mas você vive dizendo que não faz porra nenhuma!"


Sim, eu não faço. Porque o trabalho aqui na minha seção é pouco e há muitos funcionários, porque meu chefe acha que se ele tiver muitos funcionários todo mundo vai pensar que a seção dele é importante. Eu faria bem o trabalho de 4 pessoas aqui e não ficaria sobrecarregada (como já fiz, quando resolvem faltar). Mas eu sou um caso à parte entre as pessoas que entraram comigo e batem cartão, tem uma horinha certinha pra almoçar, não recebem gratificação, etc. Além disso, eu trabalho no gabinete, onde o trabalho é mais burocrático do que no resto da Secretaria, e portanto mais lento e cheio de detalhes. Se não for detalhado e se não enchermos cadernos com processos que entram e saem e não arquivarmos tudo direitinho, não seria possível fazer uma investigação quando fizessem merda, certo?


Mas o que acontece especificamente aqui é que a maior parte dos cargos são cargos em comissão. E boa parte deles é cabide de emprego. E na boa... sobra gente. Mas não mandam embora porque um está aqui há muito tempo, porque o outro tem filhos, porque o outro sabe demais, blablabla.


E o perfil do servidor público está mudando. Há alguns anos a tendência é preparar melhor o servidor, dar prêmios por produtividade, avaliar o trabalho dele de tempos em tempos. Parece que procuram também aumentar o número de concursados e diminuir o número de cargos em comissão (porque às vezes esses cargos não são específicos e podem fazer um concurso pra ele). Então só entra quem passou pela avaliação - cada vez mais acirrada - do concurso, e não o cara que um funcionário indicou, o namorado da neta...


Os funcionários novos são mais dinâmicos, mais preparados. Os que entram em cargos de nível médio geralmente têm nível superior ou cursam faculdade. Muitas vezes tiveram experiência em empresas de grande porte. E bem lentamente a administração pública tem procurado deixar sua tendência burocrática para assumir uma postura mais gerencial.


No entanto ainda temos os funcionários pré-históricos. Não de idade, mas com uma cabeça de funcionariozinho que tem suas regalias, que faz tudo no ritmo que quer, que presta mais atenção nos detalhes do processo do que no processo como um todo. Vou exemplificar com frases que ouvi de calégas:


"Eu vou descansar 15 minutinhos antes do almoço e 15 minutinhos depois do almoço" (ué, hora de almoço já não é pra descansar? Ou você come tão afobadamente que sua feito um porco e se cansa?)


"Chefe precisa ter suas regalias. Ele não está aqui pra trabalhar, está aqui pra mandar. Ele pode chegar mais tarde e sair mais cedo." (Até onde sei o chefe trabalha tanto ou mais do que os outros. E se ele só serve pra mandar, que pelo menos chegue cedo pra fiscalizar o serviço dos outros. Mas se nem pra isso serve... chefe pra quê? Pra dizer pros amigos que ele é chefe?)


"Eu chego atrasada, mesmo. Se eu chegasse na hora a gente não precisaria de chefe. Então justifico o cargo dele." (hum... precisa comentar?)


Olha... se eu pudesse exonerava metade desse prédio e ele continuaria no mesmo ritmo. Tá, sou malvada, tenho mente capitalista e devo estar mentindo que odeio o Serra. Mas tem gente que não faz mesmo questão de trabalhar e empurra pros outros. E se ainda fosse concursado.... mas não, geralmente tem um cargo em comissão. Então, meu filho, ganhar salário pra não fazer nada... é jogar merda na cara do contribuinte.


O assunto vai longe, mas aos pouquinhos volto a ele num post ou outros. Porque criticar caléga é meu esporte diário.



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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A gente só quer ter dignidade!

Tio Serra, chefinho querido! Não voto em você nem se me privarem da base em mousse da Maybelline. Mas tu é um tchutchuco que vai dar aumento de 40% pro meu cargo pra quem tiver curso superior. Isso não vai fazer diferença pra mim porque só é válido pra quem tem mais de 5 anos de caleguisse, e eu vou sair daqui antes disso.

Mas aqui na minha sala somente o meu cargo foi contemplado com o aumento. Adivinha? Neguinho odiou, disse que queria que essa aumento explodisse (beesha adora ver tudo explodindo, virando purpurina!) porque ele não teve aumento. Outra caléga (a invejosa) disse que isso não era justo, pois já tive um aumento no ano passado e agora outro. E ela, que faz o mesmo serviço que eu (ou seja, porra nenhuma) não teve aumento porque o cargo dela é em comissão e específico da Secretaria.

Primeiro, meu cargo não tinha aumento há 13 anos. E vocês sabem o que é salário congelado por 13 anos no Brasil? E te torturar lentamente. Então ano passado tive um aumento (tio Serra, meu salvador, vou fazer uma poesia pra ti... NOT) de menos de 200 reais.





Mata logo e para com a palhaçada, vai!




Segundo, nós fazemos o mesmo serviço, mas o cargo dela tem um salário maior do que o meu. Mas isso é justo, néam, caléga! Afinal, você é mais bonita do que eu!

Ela ainda justificou que tem 20 anos de Secretaria e eu só um ano (ops, quase dois, miga!). Olha, se neguinho tivesse que ganhar mais só porque está aqui há mais tempo, 96% do prédio ganharia uns 20 mil reais por mês. Porque clínica geriátrica mandou um beijo e tá pedindo seus pacientes de volta. Quando entrei aqui, todo mundo tomou um susto porque não deviam ver gente com menos de 30 anos há muito tempo.

[nada contra os idosos. Meus calégas aqui são avós e até bisavós, e vivo comendo de graça nas festinhas de 70 anos da galera. Mas cara... odeio essa política de vamos fuder com o neófito, huahuahuahuahua (risada maligna mode on). Respeito quem trabalha direito, não quem acha que não precisa mais trabalhar e pode receber salário no lombo do esforço alheio só porque está aqui há mais tempo que eu.]

Sem falar que é uma forma de incentivar quem faz faculdade, pós-graduação. Quando mais bem qualificados os funcionários, melhor para o contribuinte que paga nossos salários e merece um serviço de primeira. O pessoal das antigas ainda acha que se trabalha está fazendo um favor, e não que é um servidor (DO) público.

E por último... inveja é muito feio, gente. Deixa a gente ter aumento sem ódio no coração, deixa! Se eu dissesse pra vocês quanto eu ganho, diriam que esse aumento é uma caridade do tio Serra com os pobres aqui.


PS nada a ver:


Conselho de amiga: não googlem o seu caléga-mor! Se ele fôr ator nas horas vagas você pode achar até foto dele vestido de mutante pra teste antigo na Record. Epa, falei demais!)
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por quê acredito em olho gordo (ou desconfio seriamente da sua existência)

Antes do Carnaval os calégas estavam tentando decidir se passariam o feriado em ITANHANHÉM ou MONGANGUÁ (sic). E eu, boba que sou, disse logo que eu iria para Vitória, no Espírito Santo. Ia visitar uma das minhas melhores amigas que mora lá com a minha outra melhor amiga.
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- Mas vai de avião??? Nooossa, que chiiique!
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Porque até então só caléga-mor viajava de avião na sala. E eu fui quebrar o equilíbrio. E por ter contado antecipadamente, o olho gordo teve tempo para ser alimentado com carinho e crescer. Como disse no post anterior, levei a mala pro trabalho porque de lá iria direto pra casa da minha amiga, pois iríamos embarcar no dia seguinte, sábado cedo. E eis que a caléga mais negativa da seção olha pra minha mala e diz um poderoso:
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- Eita, inveja, hein!
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Pronto. Vamos numerar?
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1) Dias antes meu ex descobre que estou namorando, dá piti e vai falar merda pro meu namorado.
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2) Perco o avião no dia seguinte. Despertador simplesmente não toca, e a mãe da minha amiga que acordou bem mais cedo se distraiu arrumando outras coisas e não viu a hora passar. Devolveram o dinheiro e compramos nova passagem pro domingo cedo.
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3) Aproveitei o dia a mais em Sampa pra ficar com o namorado. E a ex dele resolve aparecer no meio da mesma rua em que estávamos passeando (ou resolveu nos seguir?) e armar o maior barraco. Vi a hora em que teria os cabelos arrancados e rolaria pelo asfalto com uma galerinha em volta torcendo e atiçando a briga.
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[olha, eu não costumo ter ódio de ex. Todo mundo faz merda nessa vida, e eu fiz também, das grandes. Mas dessa eu tenho ódio especial até hoje pela falta de classe que deixaria Tati Quebra-Barraco sem graça. Juro que sonho todas as noites que dou voadora de Louboutin salto-agulha, pra sola vermelha combinar com o sangue. Mas eu sou phyyna e xingo num blog próprio. E também não sei dar um soco bem dado porque tenho tendinite e bursite. Resumindo... sou a nerd covarde que não sabe bater boca]
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4) Chegando no aeroporto, as três amigas dão um abraço coletivo e uma delas, sem querer, dá um soco na minha mandíbula que a deixa roxa por mais de uma semana.
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5) Visitamos a UFES. E do nada eu perco o equilíbrio e começo a cair lentamente no chão (tombo em câmera lenta é mais dolorido). Me esborracho a valer na terra cheia de areia, a câmera fotográfica idem. Quem estava por perto riu ou veio perguntar se estava tudo bem. Coxa roxa também, e com esfoliação grátis.
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6) Vamos a Ponta da Fruta, uma praia linda onde mora a madrinha da minha amiga. O motorista do ônibus erra o caminho (!!) e vai parar em Guarapari. Demoramos um século pra chegar.
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7) Saímos pra comer e uma de nós pede uma bebidinha azul poderosa que cheirava a acetona. Cada uma provou uns dois goles e eu mal consegui digitar a senha na hora de pagar com o cartão de débito. Escrevi e-mail bêbado pro namorado enquanto as outras já estava caídas no chão do apartamento.
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8) Num dia de fome do cão vamos pedir um sanduíche e ele leva quarenta (40!) minutos para ficar pronto. A garçonete ainda nos destratou quando perguntamos pelos sanduíches.
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9) Vamos no shopping no último dia de passeio para tentar gastar um pouco (calor infernal + feriado: ruas vazias e nada pra fazer). Mas tivemos que ficar um tempão na porta porque a luz do shopping resolveu acabar.
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O olho gordo seria completo se o irmãozinho pentelho da minha amiga (descula, Pepina, mas ele é chatinho!) ficasse conosco em Vitória como planejava fazer.
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Volto pra São Paulo e vou trabalhar na quarta-feira de cinzas com a mandíbula e coxa roxas e quase sem cabelos.
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E vocês, o que acham? Não dá pra desconfiar?

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Desventuras públicas: inveja


Tá, isso está parecendo cardápio de igreja Universal. Só não incluo os problemas financeiros porque esses já são subentendidos: demora uma era pra funcionário público ter aumento. E quando tem, é o suficiente pra comprar um sorvete a mais no fim de semana. Não pode mais porque o governo nunca tem dinheiro sobrando (precisa pagar passagem de primeira classe pra governador, secretários e amantes) e porque a imprensa cai matando (imprensa reacionária não gosta de funcionário público porque eles "já ganham muito, são folgados e são muitos"... enfim, porque Governo não é empresa privada).
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Mas se você, caro neófito, é jovem e não tem filhos... cuidado com o olho gordo! Quem tem mulher e filhos pra criar já gasta todo o seu salarinho com eles e no fim de semana vai comer Mc Donald's no shopping, e nas férias vai pra colônia de férias do sindicato. Já os solteiros... podem ter algum dinheiro sobrando, dependendo do salário. Pior os que ainda moram com os pais e não têm dívidas para assumir, tendo todo o salário à disposição.
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Olha... eles não têm culpa de não terem se casado e tido filhos. Nem são malvados porque não querem doar o excedente do salário para a caridade. Esses calégas mais jovens, portanto, vão sair com os amigos nos fins de semana, comprarão roupas legais, aparelhinhos eletrônicos e nas férias viajarão pro Nordeste, pro litoral norte, pra serra gaúcha... pagarão a CVC em 10 vezes sem juros e nem ficarão no vermelho.
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[Olha, meu salário é uma miséria. Mas eu pago algumas coisas lá em casa e tenho o resto pra mim. dá pra comprar ao menos uma peça nova de roupa por mês, um livro, produtinhos de beleza e dá pra comprar passagem em promoção pra passear nas férias.]
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O que seus calégas pensarão de tanto esbanjamento? Eles vão odiar, porque não têm mais o que fazer. E muitas vezes até recebem mais e sobra mais pra eles, mas preferem gastar num celular que toca música, tem tv a cabo e dança macarena.
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Conselho: disfarcem. Não contem destino de férias, e se voltarem bronzeados falem que estava o maior furdunço em Praia Grande e você assistiu o show do Revelação na areia.


Temos até trilha sonora pras férias calégas sem inveja!


Imprima colorido e diga que você está dentro do carro, na direção: férias comprovadas!


Porque eu acredito em olho gordo.
Exemplo:
1) Nabita leva a mala de viagem pro trabalho porque saindo dali irá para a casa da amiga com quem viajará no dia seguinte pra Vitória - ES.

Caléga olha pra mala e diz: "Eita, inveja, hein!"

Resultado: Nabita perde o avião porque o alarme do celular que toca todos os dias não quis tocar naquele sábado.


2) Caléga jovem e solteiro compra uma moto. Calégas mais velhos olham torto: "Tá sobrando, hein!"

Resultado: moto roubada alguns meses depois.


Ok, podem ser coinciências... mas a vida de todo mundo aqui afunda perto de algumas pessoas: mulher perde o marido, rapaz leva chifre da namorada, time de futebol começa a perder, o filho cai na maconha...

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Desventuras públicas: medo e outros encostos

Não é necessário ser moreno, alto, bonito e sensual para ser um funcionário público vítima da inveja. Na verdade essas qualidades acima podem até te ajudar no Merr... - ops - em alguns órgãos públicos.

Porém, quando se entra através de um concurso público, as coisas podem complicar. Primeiro, porque nem todos os seus calégas são concursados. Alguns deles terão cargos em comissão, que são necessários para serviços mais especializados ou chefia. Acontece que nem todos os cargos em comissão são lá muito úteis: alguns deles são apenas cabide de emprego.

E alguns dos calégas com cargos em comissão não fazem diferença nenhuma ali dentro (não generalizo, mas isso acontece). Eles não são mandados embora porque estão lá há muito tempo e se transformando em patrimônio físico do órgão público, porque tem filhos, marido doente ou um bom padrinho.

Então você chega com um cargo efetivo. Essa pessoa está sobrando. Ela naturalmente ficará na defensiva... a tendência atual é substituir comissionados por concursados, e o cerco está se fechando (bem lentamente, como tudo o que envolve a administração pública). Então ela pode tentar prejudicá-lo ou mostrar que o serviço dela é mais relevante do que o seu. Ela vai trabalhar direito, então? Não... vai tentar provar que você é que é incompetente: se puder vai te dar o serviço mais imbecil da repartição, ou te dará serviço sem te ensinar como se faz. Chamará a tua atenção cada vez que cometer um erro mínimo (carimbar dois centímetros acima do lugar do papel a ser carimbado) e fará a cabeça do caléga-mor contra o novato.`

O papel do funcionário com cargo em comissão pode ser substituído pelo estagiário, que tem prazo para sair de lá mas tem esperanças de se formar e abocanhar um cargo em comissão.
Se você tem capacidade para fazer um bom trabalho, um abraço. Quando quiser dar a sua opinião, alguém vai dizer (na sua frente ou pelas costas): "Mal chegou, já está querendo mudar tudo??"
Aconteceu aqui: um rapaz entrou numa seção com pessoas legais que o valorizaram. Logo foi designado para uma função, começou a substituir a chefe nas férias dela. Mas outra seção que trabalhava diretamente com eles resolveu se amotinar contra o rapaz, porque ele "já queria mudar tudo, era metido a besta, achava que era doutor". E ele só pediu para retirar uma palavrinha nos ofícios.

Quanto menos concursados tem um órgão público, mais recorrente é esse problema do medo em relação aos novos funcionários.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Fala que eu te escuto!

Já deu pra perceber que eu sou meio analfabeta em relação ao Blogspot. Não consigo colocar vídeos, nenhuma imagem no cabeçalho e nem consigo riscar textos para dar uns efeitos dramáticos.

Também não consigo ver o e-mail das pessoas que comentam aqui. Portanto, se alguém quiser me contactar por e-mail para esclarecer alguma dúvida, desabafar, dizer que eu sou o máximo (cof-cof) ou simplesmente puxar assunto, pode tentar neste aqui, criado exclusivamente para o blog:



Não responderei e-mail com ofensas, propagandas, cobranças e declarações de amor.

Também estou aprendendo a me virar no twitter. E como se não bastassem as minhas bobagens aqui, se alguém quiser me seguir por lá é só clicar no "follow me on twitter" aí ao lado (dã).

E pra quem quiser seguir esse blog (ser meu "oficial de chancelaria") prometo sortear um chaveirinho no fim do mês. Ou um bibelô do meteoro do MRE de vidro comprado numa feirinha em Brasília.

Ok, a parte do sorteio é mentira...

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Morri!


Flower by Kenzo dentro de uma matrioshka, aquelas bonequinhas russas.



Flower by Kenzo + matrioshka = Nabita feliz!



Quero!!!!

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Desventuras públicas em série: a recepção

Não, eles não receberão você de braços abertos para ajudá-los em suas tarefas árduas. Aliás, a impressão que passam é a de que não há motivo para o governo empregar ainda mais gente: "Mais um pra ficar aqui de braços cruzados?"
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Entenda: agora você é um dalit!




Nosso mascote!

Os comentários podem até mesmo ser mal-educados:
1) Se você tem curso superior e tomou posse de um cargo de nível médio, provavelmente ouvirá (como eu ouvi): "Mas você fez faculdade! O que está fazendo aqui? Devia procurar alguma coisa lá fora primeiro, e depois vir pra cá se não tiver mais nada!".
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Acontece, filhinho, que lá fora NÃO HÁ OPÇÃO! Você está aqui encostado há 30 anos e já perdeu a noção do mundo. E faculdade hoje em dia não garante emprego de ninguém. Com os Prounis da vida, todo mundo faz faculdade.


2) Se você tem uma vasta experiência profissional: "Mas se você fez tudo isso, por quê largou pra vir pra cá?"

Nem sempre nós largamos. Às vezes nos largam, hehe. Aí fazemos o que aparecer para continuar vivendo, inclusive concursos públicos. E também há aqueles que preferem ganhar menos e ter estabilidade, um trabalho menos estressante. De qualquer forma, seus motivos para estar ali são problema seu e de mais ninguém!


3) Se você é muito jovem: "Ih, se prepare para ficar aqui até os 70 anos...".

Animador demais quando você só está tapando um buraco da sua vida e não pretende ficar por lá. Porém, você tem possibilidades de sair, passar num concurso melhor ou até mesmo conseguir um cargo em comissão ou de confiança por lá. Quem diz isso não conseguiu nada disso, continua na mesma mesa fazendo a mesma função de merda e já torce desde já para que você termine como ele.



E tenha em mente a regra de ouro do funcionalismo público:
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"Quem chegar por último é a mulher do padre!"


Tradução: Não importa o seu currículo; se você fala inglês, francês e javanês e já foi alto executivo de uma puta multinacional. Você vai começar fazendo os piores trabalhos da repartição. Os antigos têm um prazer abertamente sádico nisso: é a única diversão para suas vidinhas desgraçadas. Tudo aquilo que eles odeiam eles jogarão pra você: numerar páginas de processo, tirar xérox de 400 páginas de uma vez, levar documentos para outras seções, fazer café. Alguns rirão pelas suas costas, outros na tua cara mesmo.


Ainda há a possibilidade de você ser ignorado totalmente. Eles simplesmente não te ensinam nem a ligar a máquina de xérox e você passa 8 horas por dia olhando pro teto durante um ou dois meses até que eles resolvam te ensinar algo porque um caléga vai entrar de férias e precisa ser substituído. Alguns deles ainda te olharão feio porque você não faz nada pra ajudar (!). E quando te ensinarem o serviço, ensinarão errado pra você fazer merda no começo e eles se divertirem um bocado depois de te darem uma bronca.

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Existe solução pra isso?


Sim, mas dependem da tua sorte:


a) Cair numa seção com pessoas legais. Acontece, mas não sonhe muito alto.


b) Ter um padrinho foda no mesmo órgão. Nesse caso, eles farão tudo mais sutilmente pra te prejudicar.


c) Unir-se aos neófitos que entraram no mesmo concurso que você: porque em breve vocês já estarão mais à vontade lá dentro e um ajudará o outro. Isso é importantíssimo! É uma solução a longo prazo.


d) Esperar outro funcionário novo entrar na sua seção. Foi o que me salvou. Então todas as tarefas de nojentas que me davam foram passadas para ele.
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Deve ter alguma vantagem nessa história toda. Mas na boa... agora não estou lembrando. Só que essa é uma série de desventuras, então falarei dos podres. Não digo que ninguém presta: fiz bons amigos, aprendi muita coisa a respeito da natureza humana e às vezes temos surpresas boas como uma proposta de cargo.
Só não vale ter espírito de escravo de Brás Cubas e castigar novos servidores quando você já tiver algum tempo de casa. Isso é coisa de gente infeliz.
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Desventuras públicas em série

Quem está no mercado de trabalho sabe como está difícil conseguir um emprego hoje em dia. E manter o que já se tem também. Por isso os concursos públicos estão cada vez mais concorridos e atraem quem deseja estabilidade, cuca fresca e - às vezes - um salário razoável.

Depois te tanto tempo se matando de estudar, dormindo menos, abrindo mão de festas e até do seriado favorito, é sempre uma alegria descobrir que foi aprovado num concurso público dentro das vagas.

A expectativa só aumenta quando fazemos os exames médicos e corremos atrás da documentação para tomar posse. Imaginamos como será nosso trabalho, como poderemos contribuir para ele, se nossos calégas serão legais. Infelizmente, na maioria das vezes, essa é a melhor parte da aprovação. Porque depois que entramos é uma desilusão atrás da outra. Não é à toa que funcionário público é conhecido pela sua falta de juízo.

Falarei aqui um pouco dessas desventuras para que ninguém seja pego desprevenido. Não são regras no funcionalismo público, mas infelizmente são histórias e tipos que se repetem mais do que deveriam. Pra começar, falarei da recepção aos novos servidores pelos mais antigos.

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