terça-feira, 14 de julho de 2009

Argh!

Se tem uma coisa que abunda nesse prédio em que trabalho, são as baratas (o segundo lugar fica com papelada velha e o terceiro com gente vestindo roupas dos anos 80-90). Ficou com nojinho, bem? Eu também. Ainda não me acostumei. Elas surgem no lixo, no meio dos envelopes novos, nas frestas, nas gavetas, na sua necessáire.


No começo tinha ataques cada vez que via uma delas. Ou seja, quase todos os dias. Até perceber que sempre tinha algúm caléga que me dizia:





"Mas é apenas uma baratinha!"



Como assim? Não existe "apenas uma baratinha". Barata é barata: motivo para gritos, desespero, automutilação (agora é junto?). Pensei na época se não seriam elas a razão para o alto índice de loucura e suicídios no prédio. Mas meus calégas nem se importavam com elas. Alguns até se afeiçoam aos bichinhos. Só faltava trazer um aquário de casa e criar uma fazendinha de baratas.


Então eles - já especialistas nas pequenas - me explicaram que aquelas eram "baratinhas de papel" e nem eram sujinhas. Explico: são baratinhas que se criam no meio de tanta papelada acumulada, e morrem aí mesmo. Algumas são até albinas (depois de tantas gerações sem ver a luz do sol? O próximo passo é... nascer sem olhos, como os peixes abissais?), a coisa mais nojenta que já vi.


Mas fizeram uma reforma na minha sala e jogaram fora as antigas mesas de madeira. Então descubro também que as baratinhas gostam mais dos móveis antigos, porque são mais quentes (?). E com eles, boa parte das baratinhas foram embora. Encontrei a primeira semana passada, depois de 5 meses de mudança.


Mas teve caléga aqui que ficou solitário que só vendo...
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