sexta-feira, 31 de julho de 2009

Velhice chegando

Como sou boa filha e boa neta, ontem à noite acompanhei mamãe e vovó à igreja numa programação especial.

Tudo estava bem, até a hora da mensagem musical. Um rapaz e uma moça de uns 18, 20 anos, fizeram um dueto. Coisa tchuchuca: trocavam olhares, depois viravam-se para nós quase coreograficamente. Sorriso no rosto no maior estilo TFP de juventude cristã.

Então tive que me segurar para não cair na gargalhada. Porque vendo o casal cantante, lembrei-me imediatamente de Luan e Vanessa, restos da minha infância oitenta-noventa.



Olhei pro lado para dividir a minha epifania... e só tinha meus priminhos de 15 a 20 anos perto de mim. Eles não iriam entender nada se eu começasse a cantar ali: "o seu nome eu escrevi na areia/ a onda do mar apagou/ em cada pôr-do-sol/ a saudade incendeia/ meu coração..."! Putz, cadê minha prima pré-balzaca, que entende todas essas lembranças malucas de infância e dançava lambada comigo?




Eu não sei se estou ficando velha e ultrapassada ou se é essa galerinha nova que perdeu uma época de ouro. Quem não conhece "Adocica, meu amor, adocica/ Adocica, meu amor, a minha vida ôôôô..." perdeu metade da vida.
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Update: lembrei agora que tocava essa música no teclado quando fazia aulas. Teclado! Céus, que vergonha! Sim... aquela coisinha com teclas moles onde a gente escolhe o ritmo cafoninha e toca a melodia que fazia muito sucesso nos anos 80. Faltou 6 meses para eu completar o curso. Se nada mais der certo, vou bater na porta do estúdio do Frank Aguiar.

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